A tensão dentro do Google vem fervendo há anos, dizem alguns. Agora está custando à gigante da tecnologia $50 milhões. Esse valor vem de um acordo destinado a encerrar um processo envolvendo mais de quatro mil trabalhadores – principalmente funcionários negros – que alegaram que a empresa os colocou de lado. Seu argumento não era apenas sobre dinheiro. Era mais profundo. Muitos se sentiram empurrados para empregos que não levavam a lugar nenhum. Outros disseram que viram colegas com funções semelhantes e menos credenciais saírem com contracheques melhores. Uma mulher no centro de tudo começou a montar um relatório. Ela disse que algo não parecia certo sobre como pessoas como ela estavam sendo tratadas. Esse relatório nunca foi concluído. Ela foi demitida.
Há mais. Gerentes supostamente diziam aos funcionários negros que eles não “se encaixavam”. Alguns foram informados de que não eram do tipo certo para a cultura do Google. Comentários discretos, reuniões ignoradas – coisas que não aparecem em papéis de políticas, mas deixam uma marca. O Google não admitiu nada disso. Sem pedido de desculpas. Apenas o cheque. E o silêncio. O processo começou em 2022 depois que o órgão de direitos civis da Califórnia começou a investigar. Isso aconteceu após reclamações de mulheres negras dentro da empresa que disseram que o local falava sobre diversidade, mas não a praticava.